segunda-feira, 11 de maio de 2009

A necessidade da inovação


Devido à abundância de recursos naturais os commodities têm um papel predominante na economia brasileira. Entretanto, como alerta Georges Blanc, há riscos nesta dependência, um dos quais é a guerra de preços, não só “entre concorrentes já instalados, mas com grandes empresas globalizadas que entram com vantagens de tamanho e tecnologia de produção de massa avançada”. Contudo, o autor considera que “o maior risco se situa no País como um todo: a predominância, no Brasil, de produtos primários ou semimanufaturados, tanto pelo peso econômico quanto pela cultura que eles sustentam, cria um risco considerável de frear os esforços de desenvolvimento de conhecimento, alinhado com a ausência, nas empresas, de prioridades para inovações mais radicais de produtos e serviços”.

Então, se quisermos agregar valor aos produtos e serviços e fugir da guerra de preços, vale buscar inovações. Neste sentido, os autores do livro “A estratégia do oceano azul” afirmam que “valor sem inovação tende a concentrar-se na criação de valor em escala incremental, algo que aumenta o valor em escala incremental, algo que aumenta o valor, mas não é suficiente para sobressair-se no mercado. Inovação sem valor tende a ser movida a tecnologia, promovendo pioneirismos ou futurismos que talvez se situem além do que os compradores estejam dispostos a aceitar e comprar”

Nosso desafio, portanto, é inovar com valor, alinhando as novidades à real perspectiva de obter mais receitas e redução de custos. Também devemos nos lembrar que as inovações não estão necessariamente ligadas à tecnologia. Mudanças relacionadas à forma de interagir com o cliente, ao modo de comercializar produtos, entre outras, também são inovações. Pense nisso.


Vale a pena visitar o blog do SEBRAE sobre o assunto: http://www.facadiferente.sebrae.com.br/

Referências:
BLANC, G. Os riscos para um país de commodities. in: Revista DOM. 2006.
KIM, W. C.; MAUBORGNE, R. A estratégia do oceano azul: como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 241 p.